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Dec 30, 2022·edited Dec 30, 2022Liked by Pedro Jobim

Excelente! Obrigado pelas recomendações, mestre! Sobre o democratismo, Oakeshott tem uma opinião semelhante ao dizer que Democracia pode tanto ser um meio de descentralização do poder como um mecanismo plebiscitário que apenas legitima o autoritarismo. No Brasil é claro para nós qual destas possibilidades está em prática.

Mais uma vez, obrigado pelo conteúdo.

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Eu já tenho uma considerada um tanto controversa da retórica utilizada para “defender a democracia”, vou expor alguns elementos que inclusive já tratei em um artigo especifico:

1. Repetição e simplificação: Um dos preceitos da propaganda de Goebbels é a repetição de mensagens impactantes e simplificadas. Líderes despóticos podem reiterar ad nauseam que a democracia está sob ameaça e que suas ações repressivas são necessárias para protegê-la, mesmo que isso contrarie os princípios democráticos.

2. Apelo emocional: A técnica propagandística de Goebbels se fundamenta no apelo emocional, explorando sentimentos como temor, ira e ultraje para manipular a opinião pública. Líderes autoritários podem tirar proveito dessas emoções para justificar ações repressivas, alegando estar defendendo a democracia e a estabilidade.

3. Manipulação midiática: Ao dominar a narrativa na mídia, líderes autoritários podem selecionar e distorcer informações para criar uma imagem favorável de suas ações, mesmo que estas sejam repressivas e antidemocráticas. Isso pode envolver a censura de vozes discordantes e a disseminação de notícias falaciosas ou tendenciosas.

Ou seja, essa falácia retórica de ameaça da democracia nada mais é do que uma forma de estabelecer como verdade uma mentirosa narrativa de que a democracia (a liberdade na visão de alguns) está em risco.

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